Assisti ontem a palestra de Dony De Nuccio, jornalista, economista
e âncora do programa Conta Corrente da Globo News que ocorreu durante a 3ª
Feira Brasileira do Varejo em Porto Alegre. O tema – Conjuntura econômica: onde
estamos e para onde vamos, abordou tudo o que ouvimos, lemos, assistimos, e
vivemos. Não está fácil, não é? E o frio no estômago? E a preocupação que dá
das conversas no corredor do Mercado (Super, cá prá nós).
Meus mais próximos tem me ouvido refletir que olhando o movimento
na BR 116 na altura de Canoas, daquele mundo de carros, vans, veículos de
entrega, baús enormes levando e trazendo cargas, caminhões pesados carregando
combustíveis, grãos, de tudo... Perco o fôlego e exclamo: Gente, não dá para
parar tudo isso aí! Não dá para ligar o rádio e imaginar que aquela torrente de
notícias ruins possa varrer o enorme poder econômico que circula por todo o
Brasil.
Se ao invés das conclusões otimistas deste astro do jornalismo
global da palestra, ligarmos a TV e o âncora preferido surja sério anunciando a
volta do Sarney!? Mesmo assim amanhã vamos ouvir nossa música preferida, vamos
rir da tirinha do jornal, vamos ganhar um beijo e “tenha um bom dia meu
amor...”.
Brasileiros! Os gregos sobreviveram com os 300, como não vamos
vencer com estes 200 milhões? Não será sem dores, ranger de dentes e bastante
trabalho para recuperar qualidades novas recém-perdidas.
Minhas reflexões sobre o estado de ânimo meu, dos que convivo, de
todos, não autorizam um manifesto otimista, mas proíbem em nome da saudável
sobrevivência o ecoar pessimista de tudo.
E, mesmo que o entusiasmo não seja para aplaudir o palestrante,
alguns, em sua profissão, não podem fugir de um olhar atento para uma nova
medida sobre o próprio potencial, o dos concorrentes e do mercado, procurando
aquele único cliente para cada produto que dispomos.
É isto que dia-a-dia o Vencedor pode fazer: recriar sua realidade
com a crença inarredável que vai dar certo. Até o final do mês.
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