Sócrates em diálogo com seu discípulo Teeteto (PLATÃO, 2001) faz a seguinte referência à sua atividade de "parteiro", ou seja, maiêutico:
"E a razão é a seguinte: A divindade me incita a partejar os outros, porém me impede de conceber.
Por isso mesmo, não sou sábio, não havendo um só pensamento que eu possa apresentar como tendo sido invenção de minha alma e por ela dado à luz.
O que é fora de dúvida é que nunca aprenderam nada comigo; neles mesmos é que descobrem as coisas belas que põem no mundo, servindo, nisso tudo, eu e a divindade como parteira."
A partir do fragmento acima se pode deduzir a centralidade do método socrático,
conduzir o orientando na busca da verdade, pela educação e orientação seguras, evitando a
pura persuasão, através de técnicas habilidosas de argumentação.
(Marcos Aurélio Ferreira - Universidade de São Paulo)
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